sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Planos de Saúde: Custo de saúde cresce mais que receitas, dizem planos


Com a quebra da Unimed Paulistana nesta semana, as atenções agora voltam-se para a situação financeira das demais operadoras de planos de saúde. Atualmente, há 45 operadoras de convênios médico e dental em fase final de liquidação, etapa em que os usuários podem fazer a portabilidade. Nos últimos três anos, as despesas cresceram numa proporção superior à da receita, o que deve se agravar com a perda de quase 200 mil usuários de convênios médicos neste primeiro semestre por causa do aumento do desemprego.

"Praticamente todo o setor de saúde é deficitário", disse Edson Bueno, fundador da Amil e controlador da Dasa, empresa de medicina diagnóstica. Bueno destacou que as exceções são grupos de grande porte como Bradesco Saúde e Amil, além de hospitais premium, operadoras de plano odontológico e administradoras de planos de saúde [ Qualicorp ]. O superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Augusto Carneiro, endossou as palavras de Bueno apresentando o desempenho das operadoras. "Em 2014, o setor teve receita de R$ 124,5 bilhões. As despesas assistenciais somaram R$ 105,7 bilhões e os custos administrativos foram de R$ 18 bilhões, ou seja, a margem foi zero", enumerou.

As operadoras justificam que o descasamento entre despesa e receita é devido ao aumento de 95,8% no custo da internação hospitalar, entre 2008 e 2013. Na conta de internação, metade do valor é de medicamentos especiais, órteses e próteses, segundo o IESS. Os hospitais, por sua vez, reclamam do atraso e cancelamento de pagamento por parte das operadoras e que seus custos também crescem mais do que a receita. A insatisfação é generalizada.

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Fonte: Valor (04/09/2015)



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