Fundos de Pensão: Planos da Fundação Atlântico, que têm a Oi como patrocinadora, não correm riscos, segundo o Sinttel Rio

Diante do processo de recuperação judicial da Oi, tem sido comum a preocupação dos trabalhadores em relação ao fundo de pensão, que funciona como um complemento da aposentadoria oficial. Por isso, na última segunda feira (30), o Sindicato se reuniu com a Fundação Atlântico, responsável pela administração do fundo, para esclarecer as dúvidas dos trabalhadores.

Segundo o presidente da Fundação Atlântico, Fernando Pimentel, esta segue plenamente saudável, com um patrimônio de quase R$ 12 bilhões, atendendo a todos os serviços estatutários para cerca de 15 mil assistidos e pensionistas e mais 25 mil participantes. “A Oi nos deve um recurso na ordem de R$ 500 milhões, dívida advinda de um compromisso que ela tinha assumido após a aquisição da Brasil Telecom. No entanto, esta dívida não nos atinge de forma significativa, visto que a robustez do patrimônio que se encontra no caixa da Fundação é muito maior e poderia cobrir tranquilamente os participantes da Oi”, informou Pimentel.

Caso Varig
A situação da Oi lembra o caso da Varig, em que o Instituto Aeros – que administrava o fundo de pensão dos trabalhadores – não tinha reservas suficientes em caixa e, por isso, deixou de pagar aos participantes. A realidade, no entanto, é diferente na Fundação Atlântico. Luiz Antônio da Silva, coordenador-geral do Sindicato, informa que não há motivos para preocupação. “A dívida da Oi hoje é muito pequena em relação ao patrimônio da Fundação. Deste ponto de vista, nós estamos tranquilos, mas a recuperação judicial tem que ser resolvida o mais rápido possível para garantir a sustentação da Fundação e os empregos dos trabalhadores”, explica.

Fonte: Sinttel Rio (01/11/2017)