terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Sistel: Segundo presidente do conselho deliberativo da Sistel, plano PBS-A tera' reforço de caixa de mais de R$ 1,2 bi com a venda da CPFL


Fundações devem levar mais R$ 2 bi com OPA da CPFL Energia 

A venda do controle da CPFL Energia colocou R$ 8,4 bilhões no caixa dos fundos de pensão que faziam parte do acordo de acionistas da companhia. Agora, com a oferta pública de aquisição de ações (OPA) da empresa que estão nas mãos de minoritários, o montante deve aumentar em cerca de R$ 2 bilhões.
 
Além das ações que eram do bloco de controle da CPFL Energia, cuja venda foi concluída em janeiro para a chinesa State Grid, as fundações têm participações remanescentes na companhia. Por isso, podem vendê-las na oferta que será feita aos minoritários para que eles tenham o direito de se desfazer de seus papéis sob as mesmas condições dadas aos controladores - o chamado "tag along". AOPA ainda não tem data marcada. 

Metade desse montante virá dos papéis em circulação da holding Bonaire, de que fazem parte Petros (Petrobras), Sabesprev (Sabesp), Funcesp (elétricas do Estado de São Paulo) e Sistel (funcionários do antigo Sistema Telebrás). Outro fundo de pensão com participação na empresa é a Previ, que deve levantar pouco mais de R$ 1 bilhão com a operação. 
Os fundos estavam no bloco de controle desde a privatização da CPFL em 1998. No fim de janeiro, a participação majoritária foi transferida à State Grid, em uma operação que totalizou R$ 14,19 bilhões.

A chinesa assumiu as ações que pertenciam à Camargo Corrêa, Previ e Bonaire, com 54,65% da empresa. O preço pago à vista foi de R$ 25,51 por ação. 
Considerando esse o valor na OPA, a Previ levantaria R$ 1,141 bilhão com a venda de 44,7 milhões de ações que ainda tem (9,69% dos papéis em circulação). Com a venda de sua parte no controle, a fundação já recebeu R$ 5,133 bilhões. 
A Previ informou que a transação contribuiu para diminuir o déficit de 2015 (os dados de 2016 só serão divulgados em março) e aumentar a liquidez do Plano 1, que concentra pagamento significativo de aposentadorias. 

No caso dos fundos que fazem parte da Bonaire, os cálculos dos valores a ser recebidos foram feitos por Stael Prata, presidente da Sistel. Segundo ele, o fundo dos funcionários da antiga Telebrás deve embolsar R$ 300 milhões no "tag along", depois de já ter recebido R$ 945 milhões com a venda dos papéis atrelados ao bloco de controle. A Sistel pretende usar o dinheiro para reforçar o caixa. 
"No caso da Sistel, temos um plano que é 100% maduro, só tem aposentados. Fizemos uma aquisição de títulos públicos pouco antes da operação e estamos recompondo este caixa agora", disse Prata ao Valor.

A afirmação acima confirma matéria postada neste blog, em primeira mão, em 26/01/17, que o plano PBS-A receberia mais de R$ 1 bi para fazer caixa. 

A Petros recebeu R$ 668,3 milhões com a venda da fatia de 2,57% no controle da empresa de energia. Segundo a fundação, o montante vai "gerar liquidez" para o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), o mais deficitário e que tinha cerca de 80% dos papéis da fundação. A fundação ainda tem ações livres da CPFL, por meio do fundo Energia São Paulo, e possui 22,78% das cotas. 
A Sabesprev, que possuía a menor fatia, recebeu R$ 17,77 milhões. Com a OPA, a entidade estima receber mais R$ 5,6 milhões. Na Funcesp, a fatia correspondia a R$ 1,6 bilhão. Os recursos serão alocados de forma parecida à distribuição do seu patrimônio atual. 

Fonte: Valor (14/02/2017)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".