terça-feira, 12 de julho de 2016

TIC: Oi é alvo de novo pedido de falência na Holanda


A Oi, em processo de recuperação judicial, é alvo de um novo pedido de falência na Holanda. Desta vez, a ação é movida pelo escritório Grimaldi Law, com sede em Milão, na Itália. O processo foi aberto ontem no Tribunal de Justiça de Amsterdã e é destinado a uma de suas subsidiárias, a Oi Coöperatief (FinCo). De acordo com o advogado Luca Dezzani, a ação representa investidores europeus que compraram títulos emitidos pela FinCo e Portugal Telecom International Finance (PTIF), ambas subsidiárias da tele carioca com sede na Holanda. Esses investidores, diz Dezzani, somam € 200 milhões de títulos.


Esse é o segundo pedido de falência contra a FinCo. O primeiro, em junho, foi feito pelo fundo Syzygy Capital Management, administrado pelo “fundo abutre” Aurelius Capital. Segundo fontes, os investidores vêm abrindo processos na Holanda, que está submetida a leis diferentes de Reino Unidos e EUA, onde a Oi já obteve proteção contra possíveis ações judiciais.
— Esses investidores são pessoas normais, trabalhadores, que investiram parte de suas economias numa empresa europeia de telefonia, a Portugal Telecom. Na Europa, há centenas de famílias que compram esses títulos e agora estão preocupadas com suas economias — disse Dezzani.

Quando a Justiça aprovou o pedido de recuperação da Oi, incluiu no processo as subsidiárias no exterior, mas as ações que pedem a falência destas empresas podem, em tese, tumultuar ainda mais o processo porque podem resultar em alienação de ativos.

Novo Acionista
Ontem, a Oi informou, por meio de fato relevante, que o fundo de investimento dos EUA PointState Capital alcançou 5,16% das ações da companhia. Segundo uma fonte, a PointState teria comprado esses papéis dos fundos geridos pelo Ontario Teachers, fundo de pensão do Canadá.
— A PointState está alinhada com a Bridge Administradora de Recursos, que tem Nelson Tanure em seu comitê de investimentos. A Bridge está alinhada com o fundo Discovery Capital. O objetivo é criar um grupo de acionistas para retirar os membros do conselho indicados pelos portugueses da Pharol, a antiga controladora da Portugal Telecom — destacou essa fonte, que não quis se identificar.
Procurado, Zachary Schreiber, presidente do PointSate, não ligou de volta. Ontem, a Pharol anunciou que o presidente da Mesa da Assembleia Geral, João Vieira de Almeida, renunciou ao cargo.

Fonte: O Globo (12/07/2016)



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