sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

TIC: Teles fazem o querem e segundo Anatel, alem de deverem, só cumprem 35% das metas de atendimento da telefonia fixa


A superintendente de Fiscalização da Anatel, Karla Crosara Ikuma, disse hoje, 03, em audiência na Câmara dos Deputados que as operadoras de telefonia fixa só conseguem cumprir 35% das metas de atendimento ao usuário estabelecidas pela agência. "Elas estão muito devendo muito", afirmou

A superintendente de Fiscalização da Anatel, Karla Crosara Ikuma,  disse hoje, 03, em audiência na Câmara dos Deputados que as operadoras de telefonia fixa só conseguem cumprir 35% das metas de atendimento ao usuário estabelecidas pela agência. “Elas estão muito devendo muito”, afirmou. Segundo ela, depois de adotar cautelares preventivas (como a obrigatoriedade da gratuidade dos orelhões) no final do ano a Anatel deverá iniciar processos punitivos (Pados).

Segundo Karla, nos demais indicadores, a qualidade da rede e a percepção da qualidade pelos usuários, os números da telefonia estão melhores. No caso da rede, atingem 85,5% das metas, conforme último levantamento da Anatel, e 67,3%. E as operadoras de celular apresentam desempenho  melhor: 88,2% do cumprimento das metas de qualidade das redes; 62,9% do atendimento e 68,1% da percepção do usuário.

Assinalou que em 2013 havia 1,828 mil municípios brasileiros onde a telefonia fixa apresentava situação muito crítica, com quedas constantes nas ligações ou orelhões sem funcionamento. Com as medidas cautelares adotadas pela agência, a situação melhorou em 50% das cidades no terceiro trimestre de 2015. “Mas há um longo caminho a trilhar”, reconheceu ela.

Novo regulamento
Em meados do próximo ano, deverá ser publicado um novo regulamento de qualidade que visa mudar o modelo de gestão dos indicadores. Segundo Karla a agência está revisitando cada uma das metas estabelecidas e entre as questões que quer responder é se a falta de cobertura em uma cidade pode ser entendida como um problema de qualidade.

Investimentos
O diretor do SindiTelebrasil, Sérgio Kern, afirmou que as operadoras de telefonia fixa e de celular  investiram em 2014 R$ 32 bilhões ou 22% da receita líquida. E que, se há falta de cobertura da telefonia celular nas estradas ou no interior do país é porque essas obrigações foram “desconsideradas nos editais de venda de frequências”. Assinalou que os editais só obrigam a cobertura com o sinal do celular em 80% da sede metropolitana  e não há qualquer obrigação para as empresas colocarem o sinal do celular nas estradas brasileiras.

Ele salientou ainda que apesar dos grandes investimentos realizados anualmente, a demanda por mais internet e mais velocidade é infinita. Observou que, enquanto a transmissão de uma foto equivale a 20 ligações telefônicas, a de um vídeo curto, é igual a 320 ligações telefônicas ao mesmo tempo.

Fonte: TeleSíntese (03/12/2015)

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