sexta-feira, 28 de agosto de 2015

TIC: Padtec, uma das patrocinadoras de planos da Sistel, registra prejuízo no 1° semestre


Fornecedora brasileira repactuou maior parte da dívida, que passou a ser de longo prazo.

A Padtec, fornecedora brasileira de infraestrutura em telecomunicações, apresentou prejuízo e pequena queda na receita líquida no primeiro semestre deste ano. As perdas foram de R$ 43,76 milhões – no mesmo período do ano passado, teve lucro de R$ 1,4 milhão. A receita líquida encolheu 3% na comparação anual, para R$ 149,64 milhões.

O endividamento aumentou 7%, ficando em R$ 103,48 milhões. Aqui, o resultado vem sendo impactado pelo alongamento dos prazos de pagamento por parte das grandes operadoras. Em compensação, a companhia conseguiu repactuar a totalidade de sua dívida, cuja maior parte passou a ser de longo prazo. Mas não divulgou as datas de maturação.

A Padtec aumentou o capex em 6,6% de janeiro a junho, que passou a ser de R$ 9,88 milhões. O investimento em P&D, porém, caiu  a R$ 14,7 milhões (R$ 26 milhões um ano atrás). O capital de giro caiu 30%, para R$ 200,79 milhões. O EBITDA piorou, ficando negativo em R$ 32,14 milhões, ante resultado negativo de R$ 62 milhões nos primeiros seis meses de 2014. Começou a melhorar em junho, quando a margem bruta foi superior a 33% e o EBITDA terminou o mês positivo em 3,2%.

No segundo trimestre deste ano, a Padtec registrou vendas às operadoras de telefonia de R$ 50 milhões, 36% menores do que no primeiro trimestre. Além disso, fechou junho com backlog (vendas realizadas, a receber) de R$ 40 milhões.

Segundo comunicado da Ideiasnet, dona de 33,8% do capital da Padtec, os resultados são “levemente superiores” ao plano de recuperação estabelecido pela empresa, que tem como meta recuperar os níveis de capital de giro. Na virada do ano a empresa iniciou uma reestruturação que levou à saída do mercado de fornecimento da pequenos provedores, mudanças no comando e reavaliação contábil de ativos.

Entre as medidas tomadas no período, a Padtec demitiu 25% dos funcionários, reviu contratos de parceria com o CPqD, também acionista, para investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e que representavam 5,6% do faturamento da empresa (anteriormente reconhecidos como ativo diferido e desde o fechamento do exercício de 2014 reclassificados para despesas); e encerrou atividades em mercados fora do Brasil.

Fonte: TeleSíntese (28/08/2015)

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