terça-feira, 14 de abril de 2015

Fundos de Pensão: Planos BD têm retorno de 6,15% e ficam longe das metas atuariais em 2014. PBS-A foi exceção.


O retorno global do sistema de fundos de pensão em 2014, segundo dados da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), ficou em 7,07% no ano passado. Ainda que melhor que 2013, quando os fundos de pensão tiveram retorno de apenas 2,02%, de acordo a informações da Previc, o resultado de 2014 foi decepcionante quando comparado ao CDI, que ficou em 10,82% no período e também pelo fraco desempenho do quarto trimestre do ano, quando as carteiras renderam 0,03%. 

Os planos de benefício definido (BD) tiveram rentabilidade de 6,15% no ano, contra uma meta atuarial de 12,07% (IPCA mais 5,5% ao ano). Os planos BD representam hoje 71% dos ativos totais da indústria - que fechou 2014 com R$ 672,05 bilhões. Os planos de contribuição definida (CD) foram os que entregaram a melhor rentabilidade no ano passado, de 10,22%. Em seguida vieram os de contribuição variável (CV), com uma alta de 8,78%. 

A renda variável foi a principal responsável pelo fraco desempenho das carteiras das fundações, principalmente dos planos BD, que possuem na média, maior concentração em ações. "O cenário doméstico em 2014 dificilmente poderia ser mais conturbado. Ano eleitoral, em que o resultado final das urnas só foi conhecido no último instante com o mercado reagindo a cada divulgação do resultado de pesquisas eleitorais. Soma-se a isso os gargalos de infraestrutura e elevada queda no desempenho da BM&FBovespa, face a enfrentamentos nas grandes empresas", diz a Abrapp em comunicado.

Com o resultado do ano passado, os total de recursos garantidores dos planos superavitários recuou de R$ 38,2 bilhões para R$ 27,6 bilhões. Já o montante de recursos dos planos com déficit saltou de R$ 21,4 bilhões para R$ 31,4 bilhões.

Os imóveis representaram a maior rentabilidade das entidades em 2014, com 14,52%. Mesmo com o resultado positivo, o retorno das carteiras imobiliárias das fundações foi o menor dos últimos dez anos. No período, a menor rentabilidade da categoria até então havia sido em 2005, quando rendeu 16,25%. A maior foi em 2011, de 31,07%. Nesse tempo, o segmento acumulou uma valorização de 633%.

A renda fixa, que impediu um rentabilidade ainda mais baixa dos fundos de pensão em 2014, rendeu 11,86% no ano passado. O resultado foi bastante superior ao de 2013, quando a categoria teve valorização de apenas 2%. Em 2012, teve o maior retorno nos últimos dez anos, de 18,64%. De 2005 a 2014, a renda fixa das fundações teve rentabilidade de 241,93%.

Já a renda variável foi o principal responsável pelos fracos resultados dos fundos de pensão em 2014, que na média dos retornos das carteiras ficaram abaixo da meta atuarial. As carteiras de ações dos fundos de pensão caíram 4,70% em 2014. O resultado só não foi pior nos últimos dez anos que em 2008, quando o segmento recuou 27,05%. A rentabilidade acumulada da renda variável é de 238,6% na década. 


Os estruturados, que passaram a ser considerados no balanço consolidado da Abrapp apenas em 2010, subiram 4,19% ano passado, e tiveram a menor rentabilidade da série histórica, que teve seu pico em 2012, quando avançou 12,28%. De 2010 a 2014, os estruturados tiveram valorização de 51,72% nas carteiras dos fundos.

Fonte: Investidor Institucional (14/04/2015)

Nota da Redação: O plano BD da Sistel (PBS-A) apresentou resultado (13,44%) bem melhor que a média dos outros fundos de pensão e superior a sua meta (10,26%). 
Vide resultados de 2014 dos planos Sistel neste link.

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