PAMA: Carta de uma assistida indignada com a situação do PAMA-PCE e do tratamento dado aos usuários, sem recorrer às patrocinadoras

Esta carta foi enviada ao SINTPq e bem demonstra a situação que se chegou no PAMA-PCE:

"São Jose do Rio Preto ,02 de fevereiro de 2015.


A Sistel


                           Tendo em vista os constantes, reajustes anuais acima da inflação,ou melhor, muito superior,das mensalidades do Plano de Saúde pago pelos assistidos, venho solicitar imediata mudança de rota,pois a missão da Fundação Sistel me parece ser proteger pessoas e não o mercado .
                           A Fundação, como bem sabemos tem fontes de recursos outros , investimentos,patrocinadores etc... que podem contribuir para a sua saúde financeira,o que não é possível para o assistido que vê a cada dia o seu salário ,no máximo, atrelado ao índice de inflação.
                           Da forma que está ,a Fundação joga todos os seus assistidos para o Sistema Único de Saúde,pois anualmente  reajusta o contribuição do plano de saúde a porcentuais muitas vezes superior ao aumento salarial.Até que num determinado ponto e desta maneira será breve ,o valor recebido será igual ou superior  ao pago.

Insisto o Plano PAMA PCE é um plano de saúde de pessoas,seres humanos que contribuíram para esta fundação e não podem agora com a justificativa apresentada continuar realizando aumentos abusivos.Haja visto que a ANSS estabelece aumentos muito inferiores ao planos privados e todos tem a mesma justificativa da Sistel.

                         Afinal justificativa todos tem : para corromper,para roubar,até para cometer crimes,para dizer que o regulamento permite, mas não se trata de justificativa e sim de uma política social , voltada para o bem estar dos assistidos e não para a sua exclusão.
                      No sentido de ver a nossa reivindicação atendida.
Subscrevemo-nos
Cordialmente.
xxx
Matricula yyyy"

Obs: Não tivemos ainda autorização para publicar o nome do remetente.

Nota da Redação: A assistida tem toda razão, do jeito que vai, o SUS vai sobrecarregar mais ainda e o PAMA vai acabar.  

Se não existe negociação com as patrocinadoras, se a Sistel não apresenta uma saída e cada dia demonstra que seguir com o plano está ficando inviável e cobra absurdos, a única saída que vejo é a liminar para barrar os aumentos imediatamente, conforme a Fenapas já fez, e uma ação por perdas de direitos adquiridos.

Enquanto isso as patrocinadoras ficam quietas, como se elas nada têm a ver como isso.

Os assistidos não podem arcar com esta situação de receber um contra cheque zerado e ainda acumular dívidas futuras, principalmente por prestações de serviço já efetuadas no passado e já quitadas.

O PAMA vitalício é compromisso firmado na privatização do Sistema Telebrás e as empresas que assumiram a concessão têm obrigação de cumprir seu papel, não somente legal, mas também social, como bem mencionou a assistida missivista.