sábado, 7 de fevereiro de 2015

Eleições Sistel: Conheçam nosso candidato ao Conselho Fiscal da Sistel pelo RJ e SP, Sérgio Girão


O engenheiro e atuário Sergio Girão passa a partir de hoje a formar dupla e parceria com o candidato Joseph Haim para uma composição nos dois conselhos da Sistel:
Conselho Deliberativo, vaga SP (região 1): Joseph Haim;
Conselho Fiscal, vaga SP e RJ (região 1): Sergio Girão.

A escolha por esta parceria foi muito fácil e lógica e deveu-se principalmente a competência e vasta experiência que o Girão possui nas áreas de atuária e estatística, alem de seu trabalho em execução na Sistel, como atual conselheiro fiscal.

Para que vcs. conheçam um pouco melhor o Girão e sua experiência, segue uma entrevista feita com ele para o Jornal APAS-RJ:

Sérgio Girão tem reeleição apoiada pela APAS RJ para  Conselho Fiscal da Sistel

Vote em quem tem capacidade para defender o interesse do assistido num momento crítico

Jornal APAS – Poderia nos dar seu nome e atual posição?

Girão  -  Meu nome é Sérgio Ellery Girão Barroso. Atualmente, sou membro do Conselho Fiscal da Fundação Sistel de Seguridade Social (SISTEL). Meu mandato, iniciado em 2012, expira em 2015. Sou candidato a um novo mandato.

Jornal APAS – Fale-nos um pouco de seu passado acadêmico...

Girão-  Sou natural de Fortaleza, Ceará. Graduei-me em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1996, e mestrado em Pesquisa Operacional também no ITA, em 1969. Após minha aposentadoria em 1999, graduei-me também como atuário (UFRJ, 2003) e estatístico (UFRJ, 2005), áreas em que atuava informalmente durante o período anterior.

Jornal APAS – Um pouco de sua  vida profissional?

Girão – Em 1967 ingressei no ITA como "auxiliar de ensino" (primeiro nível da carreira de professor nesta escola de engenharia), atuando nas áreas de estatística/probabilidades e pesquisa operacional, passando depois a "professor assistente", após o mestrado. Em 1973, me transferi para a Companhia Telefônica Brasileira – CTB - posteriormente Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro –Telerj, onde permaneci até novembro de 1998, tendo saído no programa de demissão incentivada. Ao longo do período 1967-1998 também atuei como consultor independente em aplicações de estatística, atuária e pesquisa operacional, adquirindo experiência na avaliação atuarial de planos de previdência. Mantive atuação nessas três áreas depois de aposentado, agora já formalmente como estatístico e atuário. Fui fundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional, na qual atuei durante alguns anos como diretor, atuando na área técnica (edição da revista e julgamento de trabalhos em simpósios).  

Jornal APAS – Sua  atuação na Telerj?

Girão - Iniciei em março de 1973 como engenheiro na "gerência de pesquisa operacional" do departamento de processamento de dados, cujo  principal projeto, à época, era desenvolver um sistema de otimização da rede de telecomunicações.  Inicialmente, participei deste projeto, com atuação nas áreas de otimização da rede local e da rede interurbana, e também na estimação dos dados de tráfego necessários. Após algum tempo, passei a atuar também em aplicações na área econômico/financeira. Em 1979, a Gerência de Pesquisa Operacional foi realocada no Depto. de Planejamento e Controle da Vice-Presidência, na qualidade de Divisão, tendo agora por principal missão a aplicação de técnicas de estatística e pesquisa operacional ao planejamento e controle empresarial. Em 1990 passei a atuar na Divisão de Pesquisa Mercado, agora subordinada a departamento ligado diretamente à Presidência. A partir de 1992, as atribuições desta Divisão foram ampliadas, passando a incluir também a administração da área de publicidade. Com a mudança de Diretoria ocorrida em 1985, passei a atuar como gerente do Depto. de Economia e Orçamento, vinculado à Diretoria Econômico-Financeira, onde permaneci até novembro de 1998.    

GESTÃO NO CONSELHO FISCAL

Jornal APAS – O Sr se sente à vontade em dados econômicos e  financeiros? 

Girão - Me sinto à vontade, em decorrência de minha experiência com dados econômicos e financeiros em geral, e mais especificamente com dados relativos a previdência complementar fechada, fundamental para analisar o desempenho  da Fundação Sistel de Seguridade Social .

Jornal APAS – Sua  gestão no Conselho Fiscal da Sistel?

Girão – Além de participar da fiscalização dos elementos puramente contábeis, achei por bem entrar no mérito dos dados estatísticos e atuariais da Sistel. Fazia falta no Conselho Fiscal alguém que entendesse de estatística e atuária que são dois elementos fundamentais no funcionamento de uma entidade de previdência privada fechada, como a Sistel.

Jornal APAS –  O plano PBS-A dos aposentados da Telerj é de Benefício Definido ?

Girão – Sim, e isso é bom para o participante. Ele cria um comprometimento maior da Fundação que passa a ter uma responsabilidade explícita a respeito de rentabilidade, algo que em Planos de Contribuição Definida não existe com o mesmo rigor.
  
Jornal APAS – O Conselho Fiscal da Sistel tem muita responsabilidade?

Girão – Tem. Ele deve julgar a parte contábil e, no meu entender, também a parte de análise estatística e atuarial que caracterizam o desempenho da Fundação.

Jornal da APAS – Ser do Conselho Fiscal é um cargo político?

GirãoÉ um cargo principalmente técnico de grande responsabilidade.

Jornal APAS – Que dados o Conselho Fiscal utiliza?

 Girão – São dados financeiros, que têm uma transparência razoável, e dados e análises estatísticas e atuariais que, na minha opinião, não apresentam  o mesmo nível de transparência, talvez por serem muito específicas para entidades como a Sistel. 

Jornal APAS – Depois de reeleito o que pretende fazer?

Girão – Pretendo dar continuidade ao trabalho que venho empreendendo, solicitando explicações sobre as partes atuarial e  estatística, além da área financeira, e, se necessário, solicitando alterações de procedimentos. 

PROBLEMAS A SEREM RESOLVIDOS

Jornal APAS – O que está acontecendo com nosso Plano de Saúde?
Girão -  O Plano de Saúde é algo fundamental para nós. É um fato reconhecido que a evolução dos custos médicos e hospitalares têm sido um problema preocupante em quase todos os países e no Brasil em particular, sinalizando um aumento de custos superior ao que seria de esperar pela evolução da economia como um todo.  Há, todavia, várias dúvidas sobre a qualidade das informações do PAMA e do PAMA-PCE, bem como sobre as hipóteses de planejamento e sobre os critérios utilizados na análise.  Estamos trabalhando para ver esclarecidas essas informações, e para que sejam utilizados critérios de análise mais compatíveis com a natureza dos planos PAMA e PAMA-PC.  

Jornal APAS – Nosso Plano de Previdência?

Girão -  Também  há dúvidas quanto a escolha de alguns de seus  parâmetros. A questão foi levantada e não foi ainda totalmente resolvida.

Jornal APAS – Poderia explicar mais?

Girão - A Sistel está utilizando tábuas de mortalidade – um instrumento importante em atuária – não totalmente justificadas. O mesmo ocorre com a taxa de desconto usada no cálculo do valor presente esperado dos benefícios. A forma de aplicação de algumas hipóteses (aumentos reais de custos ao longo do tempo, por exemplo) não está totalmente clara, e pode levar a conclusões absurdas. A forma de cobrir os custos do PAMA puro e do PAMA-PCE pode ser e tem sido criticada por não corresponder ao prometido nos respectivos regulamentos.

Jornal APAS – Há paridade no Conselho Fiscal?

Girão – São dois representantes dos assistidos e quatro das patrocinadoras. Todavia, o Conselho Fiscal, por ser um órgão mais técnico e menos político, exibe uma colaboração maior entre seus membros, sem os embates que costumam ocorrer no Conselho Deliberativo.
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Jornal APAS – Que razões o levam para se candidatar ao Conselho Fiscal?
Girão – Basicamente, para defender os interesses dos participantes e dos assistidos junto à Sistel.  Da minha parte, pelo menos, com um foco maior na parte estatística e atuarial.
    
IMPORTÂNCIA DA ATUÁRIA

Jornal APAS – A parte estatística e atuarial  é importante?

Girão – Sim. Dependendo da escolha dos parâmetros pode-se concluir, por exemplo, se haverá, ou não superávit, e qual o seu nível.

Jornal APAS – Tudo isso não é muito teórico?

Girão-  São mecanismos por vezes sutis e nem por isso de efeitos menos contundentes. No caso do PBS, especialmente PBS-A, as questões são: qual a evolução das populações atendidas (tábuas de mortalidade e composições familiares) e a taxa de desconto a ser utilizada, sendo esta última determinada pela rentabilidade real dos investimentos. No caso do PAMA e do PAMA-PCE as questões são: qual a evolução das populações atendidas, qual a evolução dos custos dos planos (evolução dos custos médicos e hospitalares e evolução da utilização por parte dos segurados) e   critérios de financiamento (quem cobre o quê).

Jornal APAS – O  Conselho Fiscal tem seus pedidos  atendidos pela Sistel?

Girão Em alguns casos, sim em outro, não. Vamos continuar insistindo.
 
Jornal APAS –  Desculpe a pergunta,  o  Sr entende de  atuária? .

GirãoAo longo de minha vida profissional fui obrigado a aprender atuária. Já atuei na avaliação de vários planos atuariais, incluindo seguros e previdência privada fechada e pública. Atuei como consultor da Telos, tendo participado ativamente da avaliação atuarial decorrente da alteração de regulamento implementada ao final dos anos 80, que resultou na criação do plano de assistência médica de aposentados e pensionistas. Atuei no grupo de trabalho da Sistel que levou à proposta do PRV, em 1989, em moldes similares ao plano da Telos, e que seria a base do novo PBS implantado no início dos anos 90. Continuo atuando como consultor junto a várias entidades.
Jornal APAS –  Algo mais?.
GirãoMuito Obrigado.  

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