quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Fundos de Pensão: Fundo de pensão estatal examina sair da Sete Brasil depois do escândalo da operação Lava-Jato


Previ, Petros e Funcef, junto com o BTG Pactual, participam do capital da Sete Brasil

Mudanças contratuais importantes e a prisão do ex-diretor de operações da Sete Brasil,  Pedro Barusco, nas investigações da Operação Lava Jato, foram o estopim de uma busca de mais transparência nos negócios da companhia. 

Hoje, os principais acionistas da Sete Brasil se reúnem para discutir o andamento da auditoria interna aberta para apurar contratos de construção de sondas firmados desde 2010.

Barusco, que confessou ter recebido propina de fornecedores da Petrobras, foi diretor de Operações da empresa entre 2011 e 2013, quando deixou a Sete Brasil alegando problemas de saúde.

Antes, trabalhava na diretoria de engenheira e Serviços da estatal, um dos principais focos da Operação Lava Jato.

Na Sete Brasil, atuou na intermediação dos contratos de construção e aluguel de 29 sondas de perfuração, orçadas em US$ 25,5 bilhões.

A avaliação dos acionistas é que o clima na empresa é "tenso" diante das investigações e da proximidade de executivos da Sete Brasil com os envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras.

Os principais investidores cobram da atual direção da empresa uma revisão "com lupa" dos contratos, que envolvem a estatal e também empresas investigadas pela Polícia Federal, como a Queiroz Galvão e a Odebrecht.

Procurada, a Sete Brasil informou que a auditoria interna foi aberta "por iniciativa própria e proativamente" e tem como objetivo "apurar quaisquer irregularidades ocorridas nos processos". A Sete Brasil é uma sociedade anônima com capital fechado.

A estatal detém 9,7% de participação na empresa, como investidora e também como integrante de um fundo de participações desenhado apenas para a empresa.

O fundo é composto por bancos privados, como o BTG Pactual, e fundos de pensão de empresas públicas, como o Banco do Brasil, Petrobras e a Caixa Econômica Federal.

Fontes próximas aos investidores indicam que pelo menos um fundo já avalia deixar o negócio, em função dos problemas de gestão e do risco associado ao investimento.  

Fonte:  revista Exame (24/11/2014)

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