terça-feira, 14 de outubro de 2014

Fundos de Pensão e INSS: Brasil recua em ranking global de previdência social e complementar

Estudo divulgado pela consultoria de recursos humanos Mercer apontou que o Brasil piorou em ranking global de previdência, incluindo a social e a complementar. O Índice Global de Previdência Melbourne Mercer deste ano mostrou que o sistema previdenciário brasileiro passou da 14ª posição registrada em 2013, entre 25 países avaliados, para a 18ª colocação em 2014. As informações são do jornal DCI.

"Embora não tenha havido mudança significativa no índice calculado para o Brasil - de 52,8 em 2013 para 52,4 em 2014, em uma escala até 100 - a inclusão de novos países com sistemas de previdência melhor avaliados fez com que o Brasil perdesse algumas posições nesse ranking", justificou a consultoria, por meio de comunicado.

O consultor de aposentadoria da Mercer, Leandro Ribeiro, explicou que o resultado representa a média de três pilares avaliados. "O pior resultado foi no subíndice sustentabilidade, que analisa quanto que o país tem de recursos para arcar com o benefício, qual a idade mínima para aposentadoria e a dívida do governo com isso, e sabemos o quanto o INSS é deficitário, entre outros fatores."

Com relação ao subíndice "sustentabilidade" - cujo peso é de 35% no indicador geral -, a nota do Brasil foi abaixo da média dos demais países, próximo a 50, ao alcançar 26,2. "Isso foi puxado com mais peso pela baixa quantidade de pessoal economicamente ativo que têm plano de previdência complementar e pelo total de ativos em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] para planos de previdência social e complementar", cita.

Nos demais pilares - adequação e integridade -, o País ou está coerente com a média das demais nações pesquisadas ou até acima disso. No primeiro caso, que se refere, por exemplo, se a pessoa terá qualidade de vida após se aposentar e cujo peso no indicador é de 40%, a nota do Brasil foi de 61,8. E no outro subíndice, que demonstra a regulamentação em cima dos planos de previdência privada e a governança, entre outros fatores (com peso de 25%), a nota brasileira foi de 74,2.
Ou seja, segundo o estudo, apesar de a colocação do Brasil estar logo abaixo da média geral de 60, o País manteve a classificação 'C' que indica um sistema com algumas características consideradas boas, mas também apresenta consideráveis riscos.

Mudanças
O consultor da Mercer aponta que dentre as principais mudanças a serem feitas pelo governo brasileiro é a de aumentar a idade média. "Em países mais desenvolvidos, a aposentadoria começa aos 65 anos ou acima disso. No Brasil é em torno de 60 anos. O problema é que essa é uma medida polêmica", entende.

Outra solução, mais viável na visão dele, é implementar a "aposentadoria gradual". "Uma pessoa poderia se aposentar de forma parcial e optar por trabalhar três dias da semana, durante cinco anos e isso ir diminuindo de modo que o tempo de contribuição aumente", exemplifica Ribeiro.
Fonte: PrevTotal (14/10/2014)

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