quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Educação Previdenciária: Divulgado resultado das pesquisas realizadas junto as entidades de previdência complementar. Programas atuais não atendem e não chegam aos participantes

“Cresce o empenho das entidades em oferecer educação previdenciária aos seus participantes”, disse Consuelo Vecchiatti (Fipecq), Coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Educação, ao anunciar  nessa segunda-feira (14) os resultados de uma pesquisa que exatamente confirma esse cada vez maior interesse. No seu entender, inclusive, o fato de a Previc não estar mais chamando para si a responsabilidade de aprovar os programas educacionais reforça ainda mais esse compromisso, pelo qual as EFPCs ficam agora ainda mais responsáveis.

A pesquisa teve os seus resultados divulgados no 2º Encontro de Educação dos Fundos de Pensão, presentes perto de 150 profissionais da área, e mostrou que mais  de 60% da centena e meia de entidades que a  responderam  já possuem Programas de Educação Financeira e Previdenciária (PEFP). Esta é,  no entender de Consuelo, uma das principais evidências, mas não a única, da importância que o tema vem assumindo para os dirigentes de nossas associadas. Um outro sinal claro da enorme relevância do assunto, segundo ela, é que quase a metade do quadro associativo enviou suas respostas. “Foi um dos melhores retornos em muito tempo”, sintetiza Consuelo.

Uma ampla maioria (88,16%) enviava os seus programas de educação para a aprovação da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), o que revela altas formalização e consolidação, mas tornou-se a partir de agora dispensável.

O percentual de entidades que não possui programas formalmente estruturados (39,68%), embora não seja pequeno, está longe de ser expressivo. E perde mais em expressividade quando se considera, nota Consuelo, que “em grande parte delas o que se verifica são providências em andamento para que a associada tenha o seu PEFP”. Em resumo, é pura questão de tempo.

Perguntadas há quanto tempo possuem os seus programas,  44,74% das entidades informaram entre 2 e 3 anos, 23,68% entre 3 e 4 anos e 18,42% no último 1 ano.  Apenas 13,16% os têm há mais de 5 anos, o que reforça a ideia de que o tema educação previdenciária emergiu há não muito tempo, fruto da necessidade de levar os participantes a entender as mudanças na conjuntura, em que se combinam uma maior complexidade do mundo atual, uma  maior dificuldade em obter rentabilidades adequadas e uma maior diversidade de opções a escolher.

Em 34,21% das entidades o programa de educação é levado adiante pela área de comunicação. Em 17,11% dos casos a responsabilidade cabe diretamente à Diretoria. Praticamente empatadas aparecem as áreas de seguridade (14,47%) e de  relacionamento (13,16%).
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (15/10/2014)

Nota da Redação: Dos 60% das entidades que apontaram possuir programas de educação previdenciária, a maioria delas apenas o disponibiliza nos sites da própria entidade, que dificilmente é acessado pelos participantes. É necessário criar um instrumento mais inteligente de envio destas informações diretamente aos participantes, mesmo que seja através de correio eletrônico, caso contrário as despesas para confecção deste treinamento não trará nenhum retorno tanto aos participantes como às entidades.

Um caso típico é o da Sistel, com seu programa EducaPrev, que se resume a palestras presenciais do Sistel Mais Presente, que apesar de serem de grande valia, ficam restritas aos problemas momentâneos nos planos e que se arrastam há anos, enquanto que a educação previdenciária em si (e não a financeira), restringe-se a alguns poucos documentos da Abrapp e Previc colocados na web que não são customizados com a mesma linguagem utilizada nos demonstrativos da Sistel.

No passado foram criadas cartilhas mais pedagógicas, em função de cada tipo de plano existente, mas infelizmente estas nunca mais foram atualizadas e divulgadas, disponíveis somente na área restrita de cada participante, que quase nunca a acessa.

Mecanismos mais modernos de ensino a distância deveriam ser obrigatoriamente utilizados pelas entidades, porem a Previc, que deveria ser a autarquia de defesa dos interesses dos participantes, acaba de lavar suas mãos e isentar-se deste aspecto tão importante aos participantes e entregou esta responsabilidade às entidades.

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