quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Planos de Saúde: Custos de planos de saúde sobem 16%, quase 3 vezes mais do que IPCA. Usuários devem preparar o bolso para o próximo reajuste

Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações subiram 16% no ano passado, de acordo com o Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (VCMH/IESS). O indicador ficou 10,1 pontos percentuais superior ao da inflação geral oficial do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 5,9%.

Segundo o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, historicamente, o VCMH sempre varia acima da inflação oficial, tanto no Brasil quanto em países como Estado Unidos ou nos membros da União Europeia. Trata-se de um fenômeno mundial.

No caso brasileiro, diferentemente do IPCA, que capta apenas a variação dos preços dos produtos pesquisados, o VCMH/IESS também leva em conta o efeito da variação da frequência de uso dos serviços de saúde pelos beneficiários. “O que chama atenção, entretanto, é a diferença de 10,1 pontos percentuais entre os dois indicadores. Essa é uma diferença muito grande se compararmos com a diferença desses indicadores em outros países”, observa. Outro ponto destacado por Carneiro é o comportamento do indicador, que sofreu variação significativa ao longo do ano.

No primeiro semestre de 2013, ainda que o VCMH/IESS estivesse em um patamar elevado, mostrava-se em desaceleração. A partir do segundo semestre, contudo, e mais acentuadamente a partir de setembro, o indicador voltou a acelerar fortemente. Os gastos com internações foram novamente os principais responsáveis pelo impulso registrado ao longo do ano passado, devido ao peso que esse procedimento representa no cálculo do índice. O aumento do índice de internações se deve mais à elevação dos custos de cada procedimento do que a um incremento na frequência de uso desses serviços.

Dos procedimentos analisados pelo VCMH/IESS, as internações são responsáveis pela maior parte dos gastos das operadoras, respondendo por 61% do total. Já exames, consultas e terapias respondem por 15%, 9% e 5% do total, respectivamente. Também pesa no VCMH/IESS a proporção de beneficiários com 59 anos ou mais, grupo que utiliza mais serviços de saúde. No total, essa faixa etária responde por 23,1% dos beneficiários, enquanto na população geral representa apenas 10,8%, segundo dados do Censo/IBGE de 2010.

O índice de Variação do Custo Médico Hospitalar do IESS (VCMH/IESS) expressa a variação do custo médico hospitalar per capita das operadoras de planos de saúde entre dois períodos consecutivos de 12 meses cada.
Fonte: PrevTotal (03/09/2014)

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