segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Aposentadoria: "Candidatos não nos representam" diz presidente da Federação dos Aposentados do Rio

Apenas 90 dos 3117 que tentam vagas para deputado federal e estadual no RJ, declararam-se aposentados ao TRE

Levantamento feito pela coluna nos registros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio constatou que dos 3.117 candidatos a deputado estadual (2.037) e federal (1.080) no estado apenas 90 deles informaram que são aposentados nas fichas de inscrição junto ao TRE. Do total de postulantes a uma cadeira na Câmara, em Brasília, 178 têm entre 60 anos e 89 anos de idade. E dos que tentam uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), 335 candidatos possuem de 60 anos a 89 anos. 

Mesmo os políticos se apresentando com propostas voltadas a beneficiar aposentados e idosos, a categoria não se sente representada pelas ideias, principalmente as expostas no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Nem os candidatos mais velhos, como Gerson Bergher, de 89 anos, o mais idoso deles, que tenta a reeleição pelo PSDB ao Palácio Tiradentes; Eurico Quintino, 86 anos, do PC do B; e o candidato a deputado federal Doutor Benedito Caramuru (PTdoB), 81 anos, contam com a simpatia dos eleitores das faixas etárias mais elevadas no Rio. 
Não há um candidato que consideramos comprometido com a causa do idoso. Nossa categoria está soltinha”, afirma a presidenta da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Rio , Yedda Gaspar. Tanto ela quanto o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), Warley Martins, defendem que a saída para esse “abandono” é a criação de um partido político voltado para as questões dos aposentados.

“Continuamos os trabalhos para a formação e a legalização do nosso partido, o Partido dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, o PAI. Já conseguimos registrar 285 mil assinaturas. Quando as eleições passarem, vamos retomar o trabalho. Nossa meta é chegar em fevereiro com as 500 mil assinaturas exigidas pela Justiça Eleitoral”, explica Martins, que é o atual presidente nacional da legenda. 
No Estado do Rio, o PAI, presidido por Yedda Gaspar, já tem três mil assinaturas registradas. Mas são necessárias 49 mil para cumprir as normas da atual legislação. De acordo com Warley, no Rio, pelo menos cinco deputados estariam dispostos a ajudar e até a se filiar ao novo partido. “Só não posso revelar quem eles são para não atrapalhar atual campanha deles”, diz Warley.

Centro estadual
Na política há mais de cinco décadas, o atual deputado estadual Gerson Bergher concorre a um terceiro mandato na Alerj. O mais idoso dos candidatos afirma que vai propor a criação do Centro Estadual do Idoso com dormitórios, ambulatórios, médicos e nutricionistas. Apresentará projeto para que restaurantes ofereçam pratos pela metade do preço para os idosos, entre outras propostas.

Lei de amparo social
Eurico Quintino tenta o primeiro mandato na Alerj. Informou que vai propor, entre outros pontos, a lei de amparo psicossocial a idosos. Segundo ele, famílias receberiam apoio para cuidar de parente com dificuldades sociais, mentais e físicas. O atendimento seria prestado por estudantes recém-formados. Candidato a deputado federal, Benedito Caramuru não retornou o contato.
Fonte: O Dia (22/09/2014)

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