sexta-feira, 6 de junho de 2014

Planos de Saúde: Beneficiários gastaram R$ 180 por mês com planos em 2013. No PAMA-PCE gastos foram superiores a R$ 400,00 provando a insustentabilidade do mesmo.

Segundo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, setor registra equilíbrio na variação entre receitas e despesas
Os 50,2 milhões de beneficiários de planos de saúde brasileiros pagaram, em média, R$ 179,10 por mês pela cobertura em 2013, aumento de 10,9% em relação ao gasto per capita registrado no ano anterior. Em contrapartida, as operadoras gastaram, em média, R$ 150 por mês de assistência médica com cada beneficiário, ou 9,41% mais que os R$ 137,10 de 2012.

Os números fazem parte da Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss), produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nas informações da ANS, atualizadas recentemente.

As operadoras receberam R$ 108 bilhões em 2013, 16% a mais do que em 2012, e gastaram R$ 90,5 bilhões com as despesas assistenciais, 14,4% a mais. Os números representam uma inversão da variação notada no período anterior, quando as despesas cresceram 16,1% e a receita, apenas 12,7%.

Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, o resultado é positivo e importante para o setor, pois mostra uma recuperação das operadoras, que registraram crescimento das despesas assistenciais entre 2011 e 2012, com ritmo mais acelerado do que as receitas.

Apesar de as receitas e as despesas crescerem em um ritmo superior ao da inflação medida pelo IPCA, o equilíbrio entre as duas contas tem permitido certa sustentabilidade ao setor, diz Carneiro. O cálculo, no entanto, desconsidera despesas administrativas: com elas incluídas, a margem de lucro fica em torno de 1%, porcentual “bastante reduzido em comparação a qualquer setor da economia.”

Segundo a Naciss, a taxa de sinistralidade fechou 2013 em 83,7%, segunda maior da série histórica desde 2003.
Fonte: site Saudeweb (03/06/2014)

Nota da Redação: Em 2014 o plano assistencial da Sistel, PAMA-PCE, apresentou receitas da ordem de R$ 21 milhões enquanto as despesas foram de R$ 133 milhões nos quatro primeiros meses do ano. Este defasamento explica bem a necessidade de um aumento superior a 120% nas contribuições do plano, que deveria ter ocorrido em dezembro de 2013 e do qual só foi concedido 32,6%, faltando portanto 57,6% a serem pagos no futuro.

4 comentários:

  1. Como aceitar e acreditar que o que foi contabilizado tem origem, exclusivamente, nos verdadeiros custos assistenciais?
    Em princípio, o papel (e o sistema) aceitam tudo. Há que se abrir esses custos, coisa que nem o Conselho Fiscal chega perto.
    A matéria e a sua Nota da Redação, embora técnicas, parecem mais peças para convencimento dos Assistidos para essa solução de repasse integral desse mal explicado boom de custos em curto período.

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    1. Prezado dirigente, eu nem deveria te responder, pois não faz sentido vc usar o anonimato. Medo de represaria de quem?
      Aconselho-o somente duas coisas: ler o Estatuto da Sistel para vc. conhecer as atribuições do Conselho Fiscal e reler o post acima, pois em nenhum momento cito que as contribuições devam partir somente dos assistidos, apenas mencionei o percentual de aumento contido no Informe Sistel. Longe de mim querer convencer assistidos, apenas publico e auxilio os participantes a entenderem melhor a enrascada que se meteram, aquela que seus representantes insistiram em desconhecer por tanto tempo.
      Antes de criticar, por favor, leia com mais atenção!
      Att. Joseph

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  2. No Informe Sistel é comunicado a necessidade de um reajuste de (32,6% mais o adicional de 57,6%) o que dá 108,98%, certo que uma outra consultoria falou em 120%, mas nem a Sistel publicou, nem defendeu este valor. Antes de provocar um mal entendido é melhor ficar com o número divulgado pela Sistel!
    Também sou favorável a abertura dos custos e imagino que todos somos favoráveis a esta abertura.
    Nilsson

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    1. A informação sobre a necessidade de reajuste de 120% sobre as contribuições de 2013 foi veiculada no dia 31/5. Não tinha conhecimento que provêm de outra consultoria, mesmo porque não participo do Conselho Deliberativo da Sistel.
      Convenhamos, 109% ou 120%, apurados por duas distintas consultorias, como vc. menciona, pouca diferença faz e só demonstra a situação crítica do plano e da necessidade de encontrar-se uma solução urgente ao problema.
      Uma coisa é evidente com a leitura de outros posts deste blog: os gastos de R$ 469,00/ usuário (jan14) no PAMA estão muito acima da média nacional de uso, que é de R$ 180,00, mesmo tratando-se de um plano em que a grande maioria é de idosos.
      Urge, portanto, uma campanha de conscientização para reduzir a utilização do plano com consequências nas despesas do mesmo, independentemente de quem vier a cobri-lo.
      Att. Joseph

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