quarta-feira, 26 de março de 2014

Fundos de Pensão: Dois maiores fundos de pensão (Previ e Petros) são criticados e atravessam momento de turbulência interna

Há bom tempo, dezenas de jornalistas e economistas vinham alertando para a deterioração das contas externas e, hoje, a situação é crítica. 
Agora, alguns setores chamam a atenção para a situação dos fundos de pensão. No momento, com juros altos, muitos problemas são superados, mas a Bovespa – abaixo de 50 mil pontos, quando já esteve perto dos 70 mil –preocupa. 
Noticia-se que, em decisão inédita, o Conselho Fiscal, por unanimidade, recomendou a rejeição das demonstrações contábeis da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), referentes a 2013. O presidente do Conselho Fiscal da Petros, Epaminondas de Souza Mendes, diz ser a hora de união “em defesa do patrimônio dos participantes e assistidos da Petros”. 
O site da Petrobras informa que o novo presidente é Carlos Fernando Costa, pois o anterior, Luís Carlos Afonso, renunciou, no fim de fevereiro, por motivos pessoais. Mestre em Administração e pós-graduado em Administração Financeira, certamente o novo presidente saberá conduzir esse patrimônio de R$ 66 bilhões. A aplicação maior é em renda fixa – 49,5% – e 36,9% estão em renda variável. Para meta atuarial de 12,1%, a entidade obteve nada menos de 15,6%. No entanto, após a posição unânime do Conselho Fiscal, alguma explicação deveria ser dada. Sem isso, a gigantesca instituição fica devendo algo à opinião pública e a seus 155 mil beneficiários. 

A pioneira e líder do setor no país, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), também passa por turbulência. 
O vice-presidente de Assuntos Previdenciários da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB), Ruy Brito de Oliveira Pedroza, enviou carta, há seis dias, ao titular da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), José Maria Rabelo. Em nome dos funcionários, volta à polêmica questão do pagamento de altas aposentadorias. Diz que, em vez de corrigir anomalias no regulamento, tem-se optado pela “criação de benefícios especiais transitórios, favorecendo uns e discriminando outros, criando um clima de insatisfação entre os prejudicados, com consequente esgarçamento do tecido social”. A seguir, cita que o Benefício Especial Temporário, criado em 2009, “desrespeita a legislação”. 
Conclui Oliveira Pedroza: “O critério adotado pela Previ, para criação dos benefícios temporários, constitui grave violação da legislação da previdência complementar”. Pede que a Previc apure a questão, sem mais demora. Entidades de funcionários questionam não apenas o pagamento de valores exagerados a executivos aposentados recentemente, como ainda não aceitam o repasse de resultados da Previ para o Banco do Brasil.
Fonte: Jornal Monitor Mercantil (26/03/2014)

Um comentário:

  1. CADÊ O BALANÇO DA FUNCEF ????

    A PREVI e a PETROS já apresentaram o resultado do BALANÇO. A FUNCEF ainda não, por que?

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