segunda-feira, 24 de março de 2014

Aposentadoria: Pesquisas apontam crescimento de aposentados que voltam à ativa

Um quarto dos 14 milhões de aposentados com mais de 60 anos de idade estava trabalhando em 2013. Quatro anos antes, em 2009, essa média era de 20%, segundo pesquisa do Instituto Somatório, reveladas ao jornal O Estado de S.Paulo. O estudo para traçar o perfil dos seniores consultou mil pessoas entre setembro e outubro de 2013  nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
"O baixo valor da aposentadoria para suprir as necessidades básicas e a dificuldade das empresas de recrutar mão de obra ampliaram a fatia dos mais velhos no mercado de trabalho", afirma Marcello Guerra, sócio do Instituto Somatório. Ele diz que quanto mais alto o estrato social e o nível de escolaridade, maior é a participação de aposentados no mercado de trabalho. Assim, na classe A, um terço dos aposentados são ativos e nas camadas B, C e D, a participação cai para 30%, 25% e 13%, respectivamente.

Renda familiar
Outro dado que confirma a tendência de avanço dos mais velhos na ativa aparece nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, a faixa etária que mais cresceu na População Economicamente Ativa (PEA), aquela com mais de 10 anos e apta para o trabalho, foi a de pessoas com mais de 50 anos, apontam os dados do IBGE, elaborados pela Tendências Consultoria Integrada.
A desaceleração de 1,1 ponto porcentual que houve de 2012 para 2013 na taxa de crescimento da PEA ocorreu por causa da queda nos trabalhadores jovens, entre 18 e 24 anos. Essa faixa etária caiu 4,5% na PEA e foi responsável por 0,7 ponto porcentual da desaceleração total no ano passado. Em compensação, a faixa de trabalhadores com mais de 50 anos cresceu 5,5% na PEA em 2013 e contribuiu positivamente com 1,2 ponto porcentual na PEA.
A pesquisa mostra que os aposentados respondem por mais da metade da renda familiar. E essa participação aumenta quanto menor o estrato social. Exemplo: na classe A, eles respondem por 55% da renda e na classe D por 88%. A pesquisa revela também que mais da metade dos aposentados que exercem atividade remunerada são autônomos e só uma minoria volta a ser assalariada.
Fonte: PrevTotal (24/03/2014)

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