sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

TIC: Na maior feira de telecom do mundo, realizada em Barcelona, valeu de tudo para chamar a atenção

Smartphones de quarta geração, tablets, combinações entre esses dois equipamentos, ou phablets, e dispositivos de vestir disputaram a atenção dos cerca de 80 mil visitantes do Mobile World Congress, em Barcelona.

O maior evento de telecomunicações realizado anualmente pela GSMA Association, organização mundial que representa as empresas do setor, terminou ontem. Grandes fabricantes como Nokia, Samsung, Sony, Huawei e LG reservaram novidades para o público, alguns apresentados em shows protagonizados por seus principais executivos. Paralelamente, o congresso atraiu a atenção dos participantes, curiosos em ouvir o que os líderes de empresas mundiais tinham a dizer.

Em geral, as companhias enfatizaram a importância dos mercados emergentes. A percepção é que ainda há muito potencial nessas regiões em comparação com os mercados maduros. A América Latina e o Brasil destacaram-se nos planos de vários grupos.

Como era de esperar, a população de Barcelona inflou durante a semana, o que levou moradores insatisfeitos com a política econômica, desempregados, imigrantes e outros segmentos sociais que lutam por igualdade de direitos a fazer uma passeata pela região de Las Ramblas, que concentra restaurantes e lojas. O protesto ocorreu no domingo, véspera da abertura oficial do evento.

Com milhares de visitantes na cidade, uma manifestação social, embora pacífica, era algo que não interessava às autoridades locais. Mas o mundo empresarial seguiu seu próprio curso e as questões sócio-políticas não chegaram a ofuscar o evento, responsável por movimentar a economia das redondezas.

Nas instalações da feira, longe das reclamações das ruas, as empresas usaram a criatividade para atrair os visitantes a seus estandes. Não é fácil para fornecedores de sistemas e companhias de redes - produtos e serviços que não têm tanto apelo para o consumidor comum - disputar a atenção com estandes vizinhos onde estavam expostos smartphones, tablets, dispositivos eletrônicos de vestir, enfim, produtos que estavam sendo aguardados com ansiedade por usuários ávidos por novas tecnologias.

A NEC, com um projeto voltado a cidades digitais, montou um cenário no qual o visitante se posicionava próximo a um sensor. A imagem da pessoa era capturada e transportada para um grande painel, que apresentava uma cidade em movimento, como se fosse um desenho animado. Uma vez inserido na paisagem, o visitante podia interagir, estendendo os braços e modificando as cenas. Além disso, três pequenos robôs, protótipos criados pela NEC sob um programa batizado de Papero, interagiam com o público, mediante uma programação ativada por sensores de aproximação e perguntas. Do tamanho de um aspirador de pó doméstico, os robôs cativaram o público ao apresentar movimentos variados, como girar a cabeça e olhar diretamente para o interlocutor.

Programado para ocorrer dos 24 a 27 de fevereiro, o evento na prática foi antecipado em um dia, já que algumas empresas agendaram lançamentos para o dia 23, como forma de garantir a atenção de seus convidados.

A Samsung mostrou seu relógio inteligente voltado a atividades físicas, o Gear Fit, que notifica a chegada de mensagens, e-mails e chamadas no celular. O dispositivo funciona como um monitor cardíaco durante as práticas esportivas. Esse tipo de relógio começa a aparecer mais regularmente no portfólio das empresas.

A Huawei também apresentou um dispositivo desse tipo, o TalkBand B1. Por € 99, é o primeiro híbrido do gênero, que permite falar e fazer o monitoramento físico ao mesmo tempo. A Sony mostrou uma pulseira de monitoramento que já havia sido lançada em janeiro na CES, em Las Vegas, ao lado do relógio inteligente SmartWatch 2, mostrado em junho.
Fonte: Valor (28/02/2014)

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