Mundo: Perdas em fundos de pensão correm o mundo

Fundo de pensão lusitano recua 38%
Rentabilidade negativa derruba estoque e participação do setor no PIB de Portugal
O setor de fundos de pensões privados encolheu 38% em Portugal, nos últimos cinco anos, em volume e proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no fim de 2012, o estoque dos ativos dos fundos de pensões somava 15,5 bilhões de euros. O valor representa recuo de 38% em relação a 2001, quando o portfólio era de 25,2 bilhões.
Portugal foi o país da OCDE a amargar a maior perda da fatia dos fundos de pensões privados, no PIB, entre 2001 e 2012: 2,2 pontos percentuais. Nos Países Baixos, essa proporção aumentou de 102,6% do PIB, em 2001, para 160,2%, em 2012.
A média ponderada dos 34 países integrantes da OCDE é de 77% do PIB. A organização admite, porém, a grande disparidade na proporção dos fundos de pensões no PIB, devido a diferentes políticas de contribuição.
O país imediatamente acima de Portugal nessa relação é a Suécia, onde esse setor tem peso de 9,2% no PIB.
“Em Portugal, a transferência dos fundos de pensões dos a bancos para o plano de reformas do Estado em 2011 explica a diminuição dos ativos sob gestão dos fundos de pensões relativamente ao PIB”, salienta a OCDE.
O encolhimento dos fundos lusitanos foi fortemente impactado pela queda da sua rentabilidade, que foi negativa em 1,6% em termos reais (descontada a inflação). Já a média dos 34 países da organização ficou perto de 5%.
Dinamarca e a Holanda foram os países que tiveram o melhor desempenho em termos reais: 6,1% e 3,5%, respectivamente, de acordo com os dados da organização.
Fonte: Jornal Monitor Mercantil (07/1/2013)