terça-feira, 10 de setembro de 2013

Fundos de Pensão: Presidente da Gama Atuária, que formata planos da Sistel, expõem em Congresso da Abrapp a situação atual dos planos

Quanto ao passivo, explicou o atuário Fernando Gazzoni, da GAMA Consultores, o nível de adesão a planos patrocinados manteve-se praticamente inalterado de um ano para o outro, ficando em 73%, mas com diferenças sensíveis entre entidades com patrocinadoras públicas e privadas. Perto de 92% praticam estratégias para elevar a adesão, sendo que 62% querem direcionar tais esforços com vistas à educação previdenciária. 
Preocupa, no entanto, disse Gazzoni, o fato de que apenas 1 em cada 4 entidades realiza pesquisas para identificar o motivo dessas não adesões. E não mais de  57% das entidades pretendem desenvolver novas estratégias de adesão. As entidades utilizam mais comumente sites, simuladores, material explicativo, contatos telefônicos e mídias sociais. Menos de 50% lançam não de contatos pessoais, mesmo sabendo que isso seria fundamental para incrementar a adesão. 
Gazzoni adiantou que 1 em cada 3 entidades buscam novos patrocinadores. 
Ele apontou ainda uma mudança estrutural em marcha no sistema. No ano passado 40% das entidades iriam criar ou estavam criando novos planos. Este ano o percentual subiu para 50%. Outros dados:  70% querem  manter seus gastos administrativos e 15% aumentá-los  e 14% das entidades ainda não fazem estudos de aderência e 86% sim. 
A pesquisa mostrou também que a taxa de juros atuarial se encontra em 5,51% (BD), 4,82% (CD) e 5,10% (CV). 
José Edson da Cunha Júnior, Secretário-adjunto de Políticas de Previdência Complementar, divulgou os resultados de pesquisa promovida pelo Ministério da Previdência Social e realizada também pela GAMA. Começou dizendo que o que preocupa hoje as empresas, tornando-as mais resistentes, são os temidos efeitos da longevidade, do crescimento do custo com a saúde e o declínio dos juros. 
Perto de 95% das empresas patrocinam planos como forma de reter talentos e instrumento de políticas de RH. E optam por entidades fechadas como forma de participar da gestão inclusive dos investimentos, o que não seria possível dessa forma nas abertas. No entanto, as empresas pedem mais incentivos tributários. e menos tempo nos trâmites relativos à criação dos planos. 
No caso das empresas que já patrocinam planos, a previdência complementar é citada pelos trabalhadores como o segundo benefício mais valorizado, logo após os planos de saúde. Nas organizações que não tem planos, a previdência complementar fica em quinto lugar entre os benefícios mais desejados. 
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (10/09/2013)

Nota da Redação: Comparando os resultados da pesquisa realizada pela Gama com a realidade dos planos da Sistel, principalmente os planos oferecidos pela patrocinadora Fundação CPqD e suas coligadas, observamos que no CPqD não há estratégia para elevar a adesão de participantes, pelo contrário, o plano CV CPqDPrev foi fechado sem consentimento da PREVIC, até que o novo plano CD puro, InovaPrev, seja aprovado.
14% das Entidades (EFPC) ainda não fazem estudos de aderência dos planos à sua massa de participantes. Até hoje os assistidos da Sistel cobram acesso a este estudo, desde que a taxa atuarial foi uniformemente reduzida para 3,8% em todos seus planos.
Apesar da taxa reduzida ser uma segurança maior aos assistidos, em todas modalidades de plano, é digno de atenção na pesquisa realizada, haver distintas taxas em planos de diferentes modalidades (BD, CV e CD).
Notório também observar o interesse das Patrocinadoras (95%) em reter talentos, utilizar os planos como política de RH e a vontade de participação na gestão dos fundos, interesse este que infelizmente não é verificado nas patrocinadoras ligadas a Sistel, exceto Oi e Vivo/ Telefonica, que dominam o Conselho Deliberativo da Sistel. 

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