quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Comportamento: Uma sugestão para que a FENAPAS também posicione-se para o dialogo com os três poderes de governo, alem de comunicar-se diretamente com participantes e assistidos


Associações e Federações priorizam estratégias de comunicação
O planejamento estratégico tornou-se fundamental para trabalhar a imagem e as relações de determinados setores com o governo e a sociedade.
Em associações e federações, essas interfaces envolvem o alinhamento dos objetivos diversos dos associados em contextos complexos – e a adequada comunicação desse alinhamento aos públicos interessados.
Em painel no Strategy Execution Summit 2013, evento de gestão da estratégia realizado pela consultoria Symnetics na Amcham, em São Paulo, gestores de instituições desse tipo chamaram a atenção para o seu papel na formação da opinião pública e na sustentabilidade operacional dos segmentos que representam.

O planejamento estratégico da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), por exemplo, nasceu, de acordo com José Cechin, diretor-executivo da entidade, a partir da seguinte questão: como reagir diante da visão que permeia os meios de comunicação sobre os planos de saúde?
“A visão da mídia é esquizofrênica”, caracteriza Cechin. “Aponta problemas diários, corriqueiros, dando a impressão de que é um mundo de problemas”, afirma. “E as pessoas sonham em ter plano de saúde, as que têm desejam permanecer com sua operadora e recomendam aquele plano para outras pessoas.”
Diante desse cenário, conta, “há um ano, em um momento de críticas aos planos de saúde, percebeu-se que era preciso adotar um planejamento estratégico" sobre a imagem do setor. “Resultado: temos um conjunto de direcionadores, e a comunicação social, até então negligenciada, foi eleita como prioridade”, explica.
O diálogo com a esfera governamental também está na linha de frente desse planejamento. “A regulação do setor de saúde suplementar tem hoje milhares de normas feitas nos últimos 12 anos, algumas restritivas. O leque de produtos possível é pequeno e limitado, isso afeta questões operacionais, encarece a assistência médica. É preciso simplificar a regulação. Nosso ponto de partida é o princípio de liberdade de iniciativa, a regulação é necessária só em determinados pontos.”

A estratégia da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) passa por caminhos semelhantes. “Há vinte anos começamos a pensar em um modelo previdenciário para o Brasil”, afirma Osvaldo do Nascimento, presidente da federação, membro do conselho diretor da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida , Saúde Suplementar e Capitalização) e diretor do Itaú Vida e Previdência S.A.. “Tínhamos um mercado oriundo de período inflacionário e o país começava a ingressar em um período de maior estabilidade. Havia um histórico de difícil relacionamento com o cidadão brasileiro, era preciso criar um mercado que fosse aceito pelo cidadão”, considera.
O objetivo da FenaPrevi, então, foi “estabelecer um plano de relação com governo, demais instituições e a sociedade”, caracteriza Nascimento. “Com foco no cidadão, na linha de dar transparência, ter a relação de comunicação mais clara possível. Às vezes você tem que ir contra a prática das empresas. Esse papel as federações têm de fazer.”
Estabelecer coligações, casar objetivos dos diversos tipos de seguradora – ligadas a bancos, independentes, sem fins lucrativos – e reunir forças para intervir em marcos regulatórios constituem metas desse modelo.

Na percepção de Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), o maior desafio da vida associativa é “criar um ambiente de negócio que melhore a competitividade de nossas empresas”. “Estamos integrados ao business. A associação tem uma função estratégica e não operacional, criando planejamento com o poder público, com o meio interssetorial, o internacional, todo o cenário globalizado, e ainda a comunicação e a mídia. A comunicação é custosa.”
Fonte: Valor (08/08/2013)

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