quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fundos de Pensão: Ambiente interno adverso faz com que investimento externo ganhe relevância

Com os ativos brasileiros perdendo valor ao longo do ano, ficando atrás inclusive da inflação, o mercado externo ganha especial atenção de gestores de recursos não só como alternativa de diversificação para minimizar perdas como para obter ganhos reais daqui para frente. Em 2013, por exemplo, enquanto o Ibovespa amarga prejuízo superior a 15%, o S&P 500, da bolsa americana, sobe 15%. Por se tratar de um ativo em dólar, o aplicador ainda ganha um adicional de cerca de 5% por conta da valorização da moeda americana. No total, o retorno de uma aplicação no S&P, em reais, supera os 21%. 
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Na Schroders Investment Management, a necessidade de flexibilizar as regras de investimento no exterior para os aplicadores locais também tem concentrado as atenções, apontam John Troiano, chefe global de negócios institucionais, e Eduardo Mendes, que chefia a asset no país. "O Brasil é curioso, pois em muitos lugares simplesmente não se pode investir em ativos no exterior e ponto. Aqui, criaram formas de permitir isso, mas na prática fica tão complicado que muitas vezes acaba não ocorrendo", diz Troiano. Ele refere-se sobretudo aos grandes investidores institucionais, como fundos de pensão.
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Hoje, os fundos de pensão podem alocar até 10% em ativos externos, mas na prática quase não investem lá fora. Os fundos multimercados podem aplicar até 20%, o que já vem sendo explorado por mais casas de gestão. Os fundos que podem aplicar 100% em ativos externos exigem aporte individual de pelo menos R$ 1 milhão. "Os fundos de previdência do tipo PGBLs e VGBLs não podem aplicar nada, isso é um grande fator limitador", afirma Troiano. 

Fonte: Valor Online (12/06/2013) 

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