terça-feira, 16 de abril de 2013

Fundos de Pensão: Os déficits atuariais estão chegando. Funcef (Caixa) é o primeiro


"Déficit é conjuntural e reversível", diz presidente da Funcef A perda será revertida possivelmente ainda este ano e não serão necessárias medidas de equalização 


A Funcef descarta a possibilidade de propor aos participantes qualquer redução dos planos de benefícios ou aumento de contribuições previdenciárias para zerar o déficit atuarial de R$ 1,37 bilhão apurado no fim de 2012, informou Carlos Alberto Caser, presidente da fundação de previdência complementar dos empregados da Caixa Econômica Federal. “Considerando o valor e a natureza conjuntural  do déficit, não serão necessárias medidas de equalização em 2013”, disse. 

“Numa perspectiva de longo prazo, considerando o tamanho do nosso patrimônio, embora preocupe, esse déficit atuarial não é uma ameaça ”, acrescentou o executivo, lembrando que a Funcef fechou 2012 com uma carteira de investimentos de R$ 49,87 bilhões e ativos totais de R$ 52 bilhões. 

Para ele, a situação é temporária e será revertida possivelmente ainda este ano, o que significaria na metade do prazo exigido pela legislação (até dois anos). Os ativos cuja reavaliação foram  causa principal do déficit voltarão a ser valorizar,  acredita Caser, referindo-se às participações societárias detidas indiretamente pela Funcef no capital da mineradora Vale e na operadora de telefonia  Oi. “As desvalorizações decorreram de uma conjuntura macroeconômica desfavorável”  combinada  com uma postura contábil “prudente, conservadora”, enfatizou. 

A perda seria irreversível se a entidade vendesse os ativos pelo preço que foram avaliados para efeitos de balanço. Mas Caser garante que não existe a menor chance de isso acontecer. No caso da Vale, a fundação não poderia vender sua participação nem que quisesse e que não tivesse havido desvalorização. Um acordo de acionistas no âmbito da Valepar --empresa que controla a mineradora e da qual a Funcef participa por intermédio da Litel -- impede a venda isolada por um dos sócios ou sem anuência dos demais até 2016. 

No caso da Oi, não existe esse tipo de impedimento. “Mas se você quer saber se venderíamos essa participação pelo preço que foi avaliada, a resposta é não; não mesmo”,  disse o presidente do terceiro maior fundo de pensão do país. Ele lembrou que esse tipo de entidade precisa investir a longo prazo e que, portanto, não pode tomar decisões em função das oscilações de curto prazo no preço dos ativos. Lembrou ainda que em 2008 houve perdas até maiores, revertidas já em 2009. 
Fonte:  Valor/Funce/AssPreviSite (16/04/2013)

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