O ano de 2012 foi duro para os aposentados e pensionistas do INSS. Sem conseguir avançar numa proposta que conceda aumento real aos que ganham acima do piso, eles vão amargar, pela segunda vez consecutiva, um reajuste de apenas 6,1%, equivalente a recomposição da inflação, ante aos 9% dos que recebem igual ao mínimo.
Quem mudou de endereço e não informou à Previdência precisa se dirigir até uma agência do INSS e apresentar comprovante de residência | Foto: Alexandre Vieira/ Agência O Dia
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Para este ano, as ideias são as mesmas, mas a estratégia para convencer a presidenta Dilma a ouvir os aposentados será mais ofensiva. “Vamos fazer diversas manifestações pelo país. Não adianta termos projetos, sem que a presidenta, a única com poder de decisão no governo, aceite negociar conosco”, avalia o presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini.
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Dentre os projetos defendidos pelas centrais representativas dos aposentados estão a criação de um novo índice de reajuste que vincule a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto); e até a criação de um novo índice de inflação, especializado nos idosos.
“O INPC não dá conta da realidade dos aposentados. Gastamos em média 1/3 do benefício com saúde. Se essa inflação fosse levada em conta, alcançaríamos a justiça social”, critica Inocentini.
Já a Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas trabalha em parceria com o Dieese para fazer um levantamento que identifique a inflação dos idosos. “Quase 500 mil migraram para o piso este ano, não queremos mais só o INPC. Precisamos avançar no direito dos idosos”, diz Warley Martins, presidente da Cobap.
Protestos no Dia dos Aposentados
O Sindicato dos Aposentados da Força Sindical organiza protesto no próximo 24 de janeiro — Dia Nacional dos Aposentados. A passeata está marcada para as 9h e seguirá até a Praça da Sé, em São Paulo. Logo em seguida, no dia 27, será vez da Cobap fazer um grande ato em Aparecida do Norte (SP), com a presença de parlamentares, como o senador Paulo Paim (PT-RS).
Além do descontentamento com a falta de aumento real, os aposentados vão protestar contra a lentidão nos debates sobre a extinção do fator previdenciário no Congresso.
Fonte: O Dia (06/01/2013)