sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fundos de Pensão: Será que a Sistel é mais realista que o rei? Foi a única entidade que reduziu de uma só vez a meta de 5,25% para 3,8%, enquanto os outros fundos mantiveram a meta em torno de 5,5%

Com a redução da meta atuarial dos fundos de pensão,  os trabalhadores podem ter que contribuir até 37% a mais por mês, segundo estimativa da planejadora financeira e professora da Fundação Getulio Vargas Myrian Lund. A meta atuarial terá que ser reduzida gradativamente a partir deste ano, de 6% ao ano mais inflação para 4,5% mais a inflação, num prazo de seis anos (até dezembro de 2018). A mudança foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e já está em vigor. A redução da taxa básica de juros da economia, no entanto, torna esse rendimento cada vez mais difícil. Alguns fundos de pensão se anteciparam e já reduziram um pouco sua meta. A Funcef, dos funcionários da Caixa, reduziu de 6% para 5,5% essa taxa em 2010. Já a Petros aprovou a redução para 5,5% na última reunião de 2012 de seu Conselho Deliberativo. E a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, informou que já pratica meta de 5% para o plano de benefício definido da instituição (em que o trabalhador sabe antecipadamente valor da aposentadoria) e de 5,5% para o Previ Futuro, plano de contribuição definida. A meta da Valia, da Vale, por sua vez, é hoje de 5,5%, afirma Maurício Wanderley, diretor de investimentos e finanças da instituição. Para o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José Ribeiro, muitos fundos estão preparados. — Essa é uma tendência de longo prazo que deve persistir, a menos que o Brasil ande para trás, o que ninguém quer. 
Fonte: O Globo (04/01/2013)

2 comentários:

  1. Continua a pergunta. Porquê a queda abrupta de 5,25 para 3,8% no caso do CPqD Previ. Não está claro e ninguém fornece uma explicação. A SISTEL disponibilizou aos funcionários do CPqD um Simulador no dia 31/12. No meu caso que estou a menos de 2 meses para atingir 57 anos a perda no benefício mensal é de cerca de 15%. Um absurdo.

    Marco Ongarelli / marco.ongarelli@gmail.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Ongarelli,
      Concordo com vc., até hoje ninguém explicou, nem vai explicar, o porque da redução tão drástica e pontual da meta (contrariando inclusive metodologia anterior de redução gradual dos juros), sem outros exemplos nos demais fundos de pensão. Observe que todos os planos da Sistel foram afetados da mesma forma, mas a diferença é que o maior contingente de participantes ativos da Sistel atualmente encontra-se no CPqDPrev e foi esta massa a mais afetada com a medida, com a redução de seus benefícios futuros, em média de 20%.
      Na verdade, a idade de 57 anos não implica em nada no CPqDPrev e no teu caso, caso vc estava esperando somente os 57 para se aposentar por este plano, o momento é este para não perder 15% de sua renda vitalícia.
      Agora se vc estava apenas esperando o InovaPrev para migrar e depois se aposentar ou resgatar, não acredito que terias uma aposentadoria melhor no novo plano, pois com certeza os reflexos da redução dos ganhos financeiros seriam aplicados igualmente no novo plano. Mas, se a intenção era resgatar no novo plano, lembre-se tb. que esta opção está sendo questionada junto a Previc e existe uma possibilidade (que todos desconhecemos seu grau) que não venha a ocorrer.
      Por este motivo reflita bem e tome sua posição conscientemente, sem ouvir terceiros, pois ela será para toda sua vida.
      Abraços, Joseph

      Excluir

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".