terça-feira, 17 de abril de 2012

Mundo: Italianos protestam contra reforma na previdência


A modificação aumenta a idade de aposentadoria de 65 para 66 anos em 2012 e para 67 em 2022 para os homens 
A ministra de Trabalho afirmou que há fundos para que cerca de 65 mil pessoas possam se aposentar com a antiga norma 
Milhares de italianos se manifestaram na última sexta-feira pelo centro de Roma contra a situação dos trabalhadores afetados pela reforma da idade de aposentadoria. 
'Basta com as promessas para quem ficou sem trabalho, sem ajudas e sem previdência', foi o slogan liderado pela manifestação convocada pelos três sindicatos majoritários, CGIL, CISL e UIL. 
Os sindicatos denunciam o 'limbo' trabalhista criado com a reforma do sistema de aposentadoria, incluído no plano de ajuste orçamentário aprovado pelo Governo do tecnocrata Mario Monti. 
Esta reforma, que aumentou a idade de aposentadoria, impede o acesso à previdência dos trabalhadores que pactuaram sua saída do mercado de trabalho. 
A modificação aumenta a idade de aposentadoria de 65 para 66 anos em 2012 e para 67 em 2022 para os homens, enquanto no caso das mulheres a idade passa de 60 a 62 anos para depois gradualmente chegar também aos 67. 
Após a aprovação dessa medida, trabalhadores que acordaram com suas empresas uma aposentadoria antecipada ou decidiram abandonar o trabalho já que restava pouco para a aposentadoria, ficaram sem a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho e terão que esperar vários anos para se aposentar. 
Segundo os primeiros dados divulgados pela ministra do Trabalho, Elsa Forneo, 65 mil italianos se encontram nesta situação e terão direito à previdência com as antigas normas, mas os sindicatos afirmaram nesta sexta-feira que são mais de 300 mil pessoas na situação e exigiram soluções. 
A ministra de Trabalho afirmou que há fundos para que cerca de 65 mil pessoas possam se aposentar com a antiga norma. 
Já as primeiras estimativas do Instituto de Previdência Social italiano (INPS), seriam de 'cerca 130 mil pessoas nesta situação'. 
'Com os números dados, o Governo quer esconder a verdade e não admitir que erraram em realizar a reforma da previdência', disse a líder do CGIL, Susanna Camusso.
Fonte: Ag. EFE/Portal Exame (17/04/2012)

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