sexta-feira, 16 de março de 2012

Aposentadoria: Onde aplicar suas sobras (que é que existem!) em um cenário de juros de um dígito


Com a decisão do Copom, que reduziu o juro básico para 9,75% ao ano, o investidor brasileiro se encontra diante de uma nova realidade. Uma primeira barreira psicológica já havia sido rompida na segunda metade do ano passado, quando a queda da Selic levou a rentabilidade das aplicações mais conservadoras, como fundos DI, CDBs e poupança, para baixo de 1% ao mês. Isso provoca um incômodo aos investidores, em razão da queda na rentabilidade das aplicações tradicionais e um início de procura por opções mais rentáveis. Mas, em finanças, não pode haver ilusão: risco e retorno andam de mãos dadas.
A pergunta que todo profissional do mercado mais ouve neste instante é: Qual é o melhor investimento neste momento? O fato é que não existe melhor investimento. Ainda que haja grande apelo e atratividade em imaginar que um único tipo de aplicação possa atender aos mais profundos anseios dos investidores, essa alternativa simplesmente não existe.
Na realidade, estamos lidando com a pergunta errada. A questão correta é: Qual é o investimento, ou conjunto de investimentos, que pode proporcionar a maior chance de atingir meus objetivos financeiros? Para que tenhamos a resposta certa, é necessário, em primeiro lugar, fazer a pergunta certa.
De maneira geral, se o objetivo financeiro encontrar-se em um horizonte inferior a 12 meses, a recomendação é evitar modalidades de aplicação que buscam retorno mais elevado, mas que embutem obrigatoriamente em seu comportamento fortes flutuações a curto prazo. Esse é o caso de ações e fundos multimercados. Nesse cenário, é importante privilegiar a previsibilidade, aplicando recursos em modalidades atreladas às taxas de juros, como fundos DI e CDBs - mas com a ciência de que a atual realidade de juros implica retornos mais baixos do que você estava acostumado.
Para o investidor cujo objetivo encontra-se além dos 12 meses, vale a pena considerar a diversificação de aplicações, incluindo modalidades mais arriscadas, como fundos multimercados e de ações, que, por meio de diferentes graus de exposição ao risco, procuram retornos extras à carteira.
A postura de qualquer pessoa frente ao risco é algo muito particular. Neste momento de queda na rentabilidade das aplicações tradicionais, é ainda mais importante fazer uma autoanálise para alinhar os investimentos aos objetivos e prazos. E, claro, tomar conhecimento e avaliar das opções menos tradicionais de investimento, que podem ajudar a adicionar a rentabilidade extra que o investidor está procurando.
Fonte: O Estado de S.Paulo (08/03/2012) 

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