segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fundos de pensão não devem bater metas de rentabilidade, diz Abrapp


O binômio formado pela trajetória decrescente do juro básico e pelas perspectivas de inflação mais elevadas puseram por terra as pretensões dos fundos de pensão de baterem suas metas de rentabilidade.  “Acho que este ano ninguém bate”, disse José de Souza Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), no primeiro dia do congresso anual da entidade.
Resultantes de uma combinação de índices de preços ao consumidor com uma taxa fixa anual que oscila entre 5% e 6%, as metas atuariais se tornaram ainda mais difíceis de alcançar após o corte de meio ponto percentual efetuado na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica a 12% ao ano. Também como conseqüência, a inflação projetada por participantes de mercado voltou a subir, conforme o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Agora o mercado estima uma taxa de 6,46% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.
A Abrapp reúne 368 fundos de pensão, que somam um capital investido de R$ 545 bilhões, conforme o consolidado estatístico mais recente disponibilizado pela entidade, com dados março. Deste total, 78% correspondem a planos de benefício definido, que têm metas atuariais a cumprir.
No mesmo estudo, a Abrapp fez três simulações para a rentabilidade média das carteiras das fundações neste ano. No melhor, que considera o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, a 70 mil pontos no fim do ano, a rentabilidade média das fundações iria a 10,09%. No cenário moderado, com Ibovespa a 55 mil pontos em dezembro, os ativos das fundações avançariam 2,57% em 2011. Se o Ibovespa ficar em 40 mil pontos, as carteiras encolheriam 3,55%.
Fonte: Valor.com.br (19/09/2011)

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