sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fundos de Pensão: Investimento imobiliário volta a pauta, rendimento de 1% am

Fundos: Telefônica aluga prédio inteiro da Previ
A Telefônica está perto de assinar um dos maiores contratos de locação da cidade de São Paulo. Segundo o Valor apurou, a companhia telefônica deve pagar cerca de R$ 5 milhões mensais para ocupar 100% do Eco Berrini, edifício comercial de 47 mil metros quadrados e 39 andares, que pertence à Previ. O prédio será a nova sede da empresa no Brasil.
O edifício, que pertencia à Prosperitas - fundo de private equity com foco no mercado imobiliário, foi comprado pela Previ em dezembro do ano passado por R$ 560 milhões e acaba de ficar pronto. Localizado na avenida Luís Carlos Berrini, próximo à Marginal Pinheiros, é o maior ativo imobiliário do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. De acordo com fontes do setor, a intermediação foi feita pela CB Richard Ellis, com auxílio do escritório espanhol da consultoria imobiliária.
A mudança da Telefônica para o novo edifício reflete a reformulação de seus negócios no mercado brasileiro. A companhia está unificando suas operações de telefonia fixa e móvel no país, depois de ter se tornado a única controladora da Vivo, prestadora de serviços de celulares.
Um ano atrás, a companhia espanhola adquiriu, por € 7,5 bilhões, a participação da Portugal Telecom na Vivo, ficando sozinha no controle dessa empresa. Em abril, a operadora de telefonia móvel foi incorporada pela Telesp, a empresa de telefonia fixa do grupo. A partir daí, o organograma da Telefônica foi completamente modificado.
A divisão que havia anteriormente entre os negócios de telefonia fixa e móvel foi abolida. Em vez disso, a operadora montou uma estrutura baseada nos segmentos de mercado que atende: pessoa física e corporativo. Áreas de apoio, como vendas, marketing e finanças, estão em processo de unificação. Essas mudanças geraram a necessidade de encontrar um espaço que permitisse a integração entre as equipes.
Procurada pelo Valor, a Telefônica confirmou o aluguel, mas informou que ainda não tem um prazo para a mudanças. Também não está definido o que será feito dos prédios que ocupa hoje.
Atualmente, a sede do grupo Telefônica e dos negócios de telefonia fixa está num edifício próprio, no bairro do Paraíso. A nova sede fica próxima do edifício ocupado atualmente pela Vivo, na avenida Chucri Zaidan. Segundo fontes próximas à companhia, essa estrutura - que é alugada - deve ser mantida, mas ainda não se sabe quais áreas irão ocupá-la.
A última grande transação imobiliária para uma única empresa em São Paulo foi feita pelo Santander, mas tratou-se de uma aquisição - o banco comprou o prédio da WTorre por R$ 1 bilhão em 2008. Recentemente, as maiores locações foram feitas no Rio de Janeiro, em áreas de cerca de 15 mil metros quadrados, para a Petrobras e a Vale. O maior edifício corporativo que deve ficar pronto este ano, o Pátio Malzoni, com 80 mil m2 na Faria Lima, em São Paulo, está em fase de pré-locação e deve ter mais de cinco ocupantes.
O mercado de edifícios corporativos ainda está bastante aquecido, segundo fontes do setor. Os contratos de locação que venceram este ano estão tendo reajustes superiores a 30% nas principais áreas de São Paulo. Há alguns grandes edifícios de alto padrão em construção e que devem ser entregues no próximo ano - como as duas torres da WTorre com BTG na Juscelino, a terceira do Rochaverá, no Morumbi, e Infinity, no Itaim - mas a procura das empresas por espaços foi grande no primeiro semestre. Na crise de 2008, o mercado desacelerou e muitas companhias desistiram de ampliar seus quadros ou mudar suas operações. Por enquanto, de acordo com fontes, não há sinais nesse sentido.
Os fundos de pensão, que haviam perdido competitividade no mercado imobiliário nos últimos anos para as empresas de propriedades, voltaram a ficar mais ativos. A Previ, dona da nova sede da Telefonica, tem participação em 14 shopping centers e é dona de 43 prédios comerciais. De acordo com a Previ, os investimentos da fundação no setor imobiliário se aproxima dos R$ 5 bilhões - apenas 3% do patrimônio da Previ. A expectativa é alcançar 5% até 2016. 

Fonte: Valor Online (11/08/2011)

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