terça-feira, 10 de março de 2009

Telmex está com buraco em seu fundo de pensão. Embratel vai bem.

Recente estudo divulgado pela Merrill Lynch expõe o risco enfrentado pela mexicana Telmex no que se refere à manutenção previdenciária de seus empregados. A concessionária mexicana é controladora da Telmex Internacional, que por sua vez, controla a brasileira Embratel.

Conforme informações da própria operadora, há um buraco de 29 bilhões de pesos mexicanos (ou US$ 2 bilhões) provocado pela diferença entre as obrigações previdenciárias (que somam um total de 168 bilhões de pesos mexicanos) e as receitas do fundo de pensão, que somam 139 bilhões de pesos mexicanos. Esse déficit, explicou a operadora em seu último balanço, se deve ao fato de que 50% dos recursos do fundo são investidos em equities, que tiveram um pobre desempenho no ano passado. A outra metade do dinheiro é investida em bonds do governo mexicano.

O plano de pensão da Telmex se baseia no benefício definido, e não na contribuição definida. Por isso, no ano passado a operadora depositou US$ 400 milhões no fundo de pensão e deverá repassar outros US$ 500 milhões este ano. Para acabar com o rombo, analisa a Merril Lynch, ou o mercado de equities se recupera ou a Telmex terá que bancar depósitos de US$ 500 milhões nos próximos três anos.

Brasil
Os analistas da consultoria resolveram ver como estava a situação no Brasil e constataram que aqui, os riscos são bem menores. Na maioria das operadoras brasileiras os fundos de pensão seguem o princípio da contribuição definida, o que significa que os empregados também assumem os riscos das operações. Somente a Embratel conta com plano de benefício definido, mas, constatou a consultoria, a empresa tem recursos mais do que suficientes para fazer frente às suas obrigações.

Com exceção da GVT, que só oferece fundo de pensão para os executivos mais graduados, e da NET, que não tem fundo de pensão, as demais operadoras fixas e móveis mantêm os planos de aposentadorias de todos os seus funcionários com caixa suficiente para bancar as obrigações, constatou a Merrill Lynch. (Da Redação) "

Fonte: Wilson Val de Casas e Tele.síntese 09 de março de 2009

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